Apesar das campanhas de prevenção, como o Outubro Rosa, ainda é alto o número de pacientes diagnosticados com a doença em estágios avançados.
A desinformação é ainda maior entre os homens.
Exame de mamografia é mais indicado para casos específicos.
shutterstock Texto: Richell Martins O câncer de mama ainda é uma doença que atinge cerca de 66.
280 mulheres, por ano, no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Isso implica uma taxa de 61,6 casos confirmados, a cada 100 mil delas.
A taxa de óbitos também assusta: só em 2020, foram 17.
825 registros, em todo o país.
Esses dados confirmam que a doença é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, com exceção dos tumores de pele não-melanomas.
Ainda segundo dados do INCA de 2019, das cinco regiões do país, o Nordeste é a segunda em número de casos, ficando atrás apenas da região Sudeste.
O Ceará é o segundo estado nordestino em incidência de câncer de mama em mulheres, com 2.
510 casos registrados naquele ano, atrás da Bahia, com 3.
460 registros.
Por isso, a prevenção é fundamental para a redução da taxa de óbitos e para a garantia da qualidade de vida das pacientes diagnosticadas.
Existe uma causa para o câncer de mama? Na prática, não existe um fator único que possa desenvolver a doença oncológica.
Há fatores diversos que dependem de muitos cenários, genéticos ou não.
Por exemplo, entre os aspectos comportamentais ou ambientais, estão a obesidade após a menopausa; o consumo de bebida alcoólica; e falta de atividade física.
Dentre os aspectos hormonais ou reprodutivos, estão: a primeira menstruação antes dos 12 anos de idade; primeira gravidez após os 30 anos; não ter filhos; a menopausa após os 55 anos; uso de contraceptivos hormonais; terapias de reposição hormonal com duração superior a 5 anos.
Por fim, entre fatores genéticos ou hereditários, estão o histórico familiar de câncer no ovário ou nas mamas, antes dos 50 anos, e alterações genéticas, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.
Os sintomas, prevenção e tratamento Os principais sintomas do câncer de mama são: Surgimento de nódulo (caroço) fixo, endurecido e geralmente sem dor.
Alterações no bico do peito (mamilo); Secreção espontânea em um dos mamilos; Pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas; Pele da mama vermelha ou com aparência de casca de laranja.
Mirlene Holanda, enfermeira do trabalho do SESI Ceará arquivo pessoal O autoexame de toque da mama é bastante importante para identificar qualquer alteração, mesmo em pacientes a partir dos 25 anos.
Buscar um profissional de saúde é fundamental pois, mesmo com alguns desses sintomas, o diagnóstico pode apontar para outras doenças que não sejam o câncer de mama.
No caso da mamografia, a maioria dos profissionais de saúde indica que as mulheres só realizem o exame com frequência a partir dos 50 anos de idade.
Antes disso, apenas em casos específicos.
“O primeiro e mais relevante fator é o histórico familiar.
Se uma mulher tem casos de câncer de mama na família, a mamografia pode ser realizada mais cedo.
Isso também pode ser feito em casos de disfunções hormonais que alteram os seis, causam dor, inchaço, espessamento ou formam nódulos”, explica a enfermeira do trabalho do SESI Ceará, Mirlene Holanda.
Se a paciente é diagnosticada com a doença, a condução do tratamento obedece ao estágio do câncer.
Além das condutas terapêuticas (quimioterapia e radioterapia), uma novidade no Brasil foi que, este ano, o Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) o medicamento trastuzumabe entansina, ou TDMI-1, indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama HER2-positivo em esquema de monoterapia, método em que a terapia é realizada utilizando apenas uma droga ou procedimento.
O câncer de mama HER2-positivo é um dos mais agressivos, sendo identificado em 20% dos casos diagnosticados no Brasil (média de 13.
400 casos por ano), dos quais 80% são tratados no SUS - cerca de 10.
700 pacientes.
O TDMI-1 deve reduzir o processo de metástase, quando a doença se espalha para outros órgãos, aumentando a sobrevida das pacientes e reduzindo em 36% o risco de óbito.
O Ministério da Saúde ainda não esclareceu quando o medicamento estará disponível na rede pública.
Câncer de mama em homens O câncer de mama atinge 1% do público masculino.
Mesmo assim, é preciso tomar todos os cuidados.
shutterstock Apesar de ser mais raro, o câncer de mama em homens é uma realidade.
Para cada 100 mulheres diagnosticadas com a doença, há um caso masculino.
As estatísticas mostram que a maior incidência de casos está na faixa etária de 65 a 70 anos.
Inclusive, a idade é um dos fatores de risco, ao lado do histórico familiar (principalmente se houver casos de câncer de mama, ovário ou intestino) e de mutações genéticas hereditárias.
Nas mulheres, o câncer hereditário corresponde a 10% do total de casos.
Já nos homens, chega a 40%.
Como identificar e tratar a doença Nos homens, o principal sintoma também é o surgimento de nódulos de consistência endurecida e sem dor.
Pode ocorrer também sangramento pelos mamilos.
Em casos mais avançados, pode haver aumento dos gânglios linfáticos das axilas.
Como a mama masculina é bem menor, é raro que o médico solicite mamografia.
O exame indicado é a ultrassonografia, se o paciente se queixar de dores ou incômodos.
Por isso, é essencial que o homem preste atenção ao próprio corpo.
Estar bem informado também pode fazer do homem um agente conscientizador em relação às mulheres com quem convive: mãe, esposa, filhas, tias ou colegas de trabalho.
Além da ultrassonografia, o diagnóstico pode ser feito também por biópsia.
Já o tratamento tem mais efetividade quando o câncer é diagnosticado precocemente, possibilitando taxa de cura de 90% a 95%.
O tamanho reduzido da mama também é determinante para que a cirurgia, se necessária, seja de mastectomia total, quando a mama é completamente removida.
Pode haver a retirada de nódulos ou gânglios das axilas, bem como o tratamento quimioterápico ou radioterápico, para reduzir efeitos de metástase.
“Geralmente, o homem não procura o médico como a mulher.
Saber desses sintomas pode aumentar a atenção do paciente.
É importante que o homem faça seu check-up anual de saúde e, caso tenha alguma demanda relacionada a essa questão, converse com o médico para definir a melhor conduta”, afirma a enfermeira do SESI Ceará Huiara da Silva.
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Publicada por: RBSYS
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